quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O pintor do pôr-do-sol

Jorge Adelar Finatto


photo: j.finatto


Quantos lápis de cor são necessários para pintar o pôr-do-sol? Não tenho ideia, raro leitor. Mas de uma coisa eu sei: que há uma grande arte nas mãos de quem o faz, isso há.

Estava pelo entardecer quando olhei em direção às montanhas. Aqueles traços e cores me invadiram o coração.

Na ilusão - sempre ela - de aprisionar aquele instante da luz e forma, peguei a velha Coruja e fui até a varanda do escritório fotografar. O caçador de imagens em busca de alimento.

O sol caía atrás das nuvens. Os últimos pássaros retornavam aos ninhos.

A breve hora do adeus de mais um dia.

photo: j.finatto

As imagens, sem qualquer retoque, estão aí.

O mérito de tanta beleza é de quem inventou e pinta diariamente as cores do crepúsculo. Um artista caprichoso e único. Em todos os finais de tarde senta-se diante da tela com seus lápis, pincéis e tintas e constrói os traços e as cores.

O grande artista distribui sua arte amorosamente para quem quiser ver, pobres e ricos, felizes e infelizes, bons e maus. Observadores efêmeros e privilegiados, a inefável pintura penetra fundo nosso espírito, nos sentimos parte de algo maior e mais belo.

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jfinatto@terra.com.br
 

2 comentários:

  1. Que foto belíssima captaste, Adelar.
    Uma imagem que remete ao ordenamento da Natureza que, apesar dos homens, segue bela e frutificada.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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  2. Qualquer hora, tens de vir a Passo dos Ausentes, Ricardo, ver isso de perto.
    Forte abraço.
    A.

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