domingo, 17 de fevereiro de 2013

Todo vivente carrega

Jorge Adelar Finatto


photo: j.finatto. Paredão de basalto. Serra dos Ausentes
 


Todo vivente carrega
seu fardo de solidão
nas entranhas

cheiros rudes no corpo
primaveras esquecidas
na caduquice
da memória

se eu prossigo
no caminho
não se iludam
é pura teimosia

__________

Poema do livro Claridade, de Jorge Finatto. Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 1983.
 

2 comentários:

  1. Esse livro e o "Fazedor de Auroras" são os meus preferidos.
    Nota-se neles a rebeldia, a desesperança, o lirismo e a extrema consciência daqueles tempos escuros.
    Pena que os governos estadual e municipal não se interessem por reedição de seus autores.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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