sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Todo vivente carrega

Jorge Finatto
 
photo: jfinatto
 

TODO VIVENTE carrega
seu fardo de solidão
nas entranhas

cheiros rudes no corpo
primaveras esquecidas
na caduquice
da memória

se eu prossigo
no caminho
não se iludam
é pura teimosia

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Poema do livro Claridade, de Jorge Finatto. Prefeitura Municipal de Porto Alegre, 1983.