sábado, 1 de julho de 2017

Corvo, camélia e guarda-chuva

Jorge Finatto
photos: jfinatto
 

UM DIA apareceste no meu jardim com a cara mais linda desse mundo. Guardei tua imagem para a eternidade fugaz de um álbum digital. Não és apenas uma a mais no mundo: és a camélia que nasceu de um sonho de delicadeza do Criador.


EM ALEGRE bando, dançam pelos céus de Canela, nenhuma chuva cai sobre os panos coloridos, mas vento, o andarilho vento de julho embala as cores e a pura alegria de ser.


O CORVO do cemitério Père-Lachaise*, em Paris, se dá ares, faz caras e bocas no galho seco sobre os túmulos de gente famosa (Balzac, Proust, Oscar Wilde, Chopin, etc.) Em Paris até mesmo os corvos fazem pose e se consideram acima dos mortais...

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Delicie-se, raro leitor, clicando sobre as imagens. E que julho nos seja mais leve.

*Cemitério de Père-Lachaise:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/search?q=P%C3%A8re-Lachaise

3 comentários:

  1. Boa noite Jorge! Sou leitor do site há cerca de cinco anos. Os textos e imagens me confortam. Nesse post, percebe-se o contraste da flor, dos guarda-chuvas e do corvo com o céu azul.
    Aproveitando a temática dos contrastes, há uma dúvida que tenho há algum tempo e tem relação com a magistratura (carreira para a qual me preparo).
    A carreira é extremamente gratificante e tem o condão de alterar a realidade social. Contudo, como o senhor - que pelos inúmeros posts que li possui sensibilidade, calma e tranquilidade ímpares - enfrentava diariamente o conflito, a mentira, a dissimulação e a agressividade típicas dos inúmeros processos que ingressam no Poder Judiciário? Acredito que sua experiência em relação a esse assunto possa auxiliar-me nessa caminhada.
    Um abraço.

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    1. Caro amigo. Fico muito agradecido por tê-lo como companheiro do blog há tanto tempo. Tuas palavras são um estímulo nesta caminhada. Com relação às questões que colocas, são profundas e exigem uma resposta (uma tentativa de, pelo menos) à altura. De qualquer modo, procurei tratar desses assuntos no texto "A arte de ser juiz", que reproduzi aqui no blog. Mas há um outro mais importante, que indicava para os Juízes em início de carreira nos meus tempos de Juiz-Corregedor, que versa sobre Deontologia da Magistratura, de autoria do grande Juiz que foi Márcio de Oliveira Puggina. Está publicado numa das revistas da Ajuris, se não me engano a 59. É um texto que vale para todos que têm interesse na Magistratura e nas demais carreiras jurídicas. Uma coisa, porém, posso dizer desde logo: a gente se torna Juiz muito antes de ingressar na profissão, através dos nossos valores e atitudes no dia a dia. O concurso só confirma aquilo que o indivíduo traz dentro da alma. Desejo-lhe sucesso!

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    2. Muito obrigado pela resposta Jorge. Um abraço.

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