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Jf |
a vida de todos os dias, a que eu sempre quis {textos e imagens: Jorge Finatto}
sábado, 7 de junho de 2025
Juízes e democracia
terça-feira, 3 de junho de 2025
domingo, 1 de junho de 2025
Dindim e o pescador
Jorge Finatto
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Snow |
Foi notícia há alguns anos. O caso de um pescador que encontrou um pingüim-de-Magalhães, da patagônia, caído na areia. Estava passando mal, coberto de óleo. O pescador João recolheu-o, levou para casa e passou dias e dias limpando. Conseguiu salvá-lo. Desenvolveu-se então uma grande amizade entre eles que evoluiu para amor. O pescador deu-lhe um nome: Dindim.
O fato aconteceu num lugar paradisíaco, numa ilha de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O pingüim tornou-se membro da casa. Depois partiu. Após alguns meses voltou para rever o amigo, numa viagem estimada em oito mil km, desde a Patagônia. Fez isso durante anos. Um dia não voltou mais, não se sabe bem por quê. João não perdeu a esperança de vê-lo sair do mar para um abraço outra vez.
Essa é apenas uma das histórias que ilustram o forte sentimento que pode haver entre pessoas e animais. Creio que eles têm um tipo especial de inteligência, são corajosos e capazes de amar incondicionalmente seus amigos humanos, amparando-nos e divertindo-nos. Coisa que não se vê em muitos seres - ditos - humanos.
Maltratar animais, além de crime, é um péssimo sinal de caráter.
Eu tenho um cãozinho que é a minha alegria, o Gambelinho. Impressionante sua capacidade de perceber coisas que estão fora do nosso alcance. E traz energias boas à família.
São seres que têm uma missão no mundo. E, como nós, têm alma.
quarta-feira, 30 de abril de 2025
Francisco acolhedor
Jorge Finatto
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Wikipédia Korea. net |
Na minha visão um tanto pessimista, o Papa Francisco não melhorou o mundo. Talvez não seja justo esperar de alguém tal proeza (mesmo que seja o Papa e que esse Papa seja Francisco). A Igreja Católica é uma organização altamente complexa e problemática, ao contrário dos Evangelhos que são, na essência, bastante simples.
Francisco transmitiu humildade, coragem, senso de humor, empatia, alegria de viver mesmo diante das dores do mundo. Era argentino, descendente de imigrantes italianos.
sábado, 12 de abril de 2025
terça-feira, 1 de abril de 2025
domingo, 16 de março de 2025
Quinquilharias do Adelar
Jorge Finatto
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photo: Clara Finatto, 16.03.25 |
Jogo
de damas
O
vento sopra entre as paredes da tapera. As janelas batem sobre o horizonte
vazio. As xícaras de latinha entornam silêncio. Os fantasmas jogam damas no telhado.
O esquecimento devora tudo. A vida é amargamente engraçada.
Mas
em que mundo tu vive*
José
Falero é um escritor que me entusiasma. O que não é pouco já que estou meio que
largando o hábito de monge da literatura. O que me interessa é a escrita. Falero tem idade de novo (38) e uma escrita
que o coloca entre os melhores que tenho lido. Um texto que faz bem
porque fala direto ao coração e à consciência com simplicidade joão-gilbertiana.
Não rende tributo a intelectualismos ocos nem sintaxes asfixiantes. Traz a
palavra nascida do mais profundo cotidiano. Antirracista, irônico, duro, humano, sem esquecer a alegria e a poesia da vida. Trabalhou como auxiliar de pedreiro,
funcionário de supermercado, porteiro de edifício, palhaço em peça de teatro, toca cavaquinho, entre outras ocupações. Mas creio que o ofício que mais lhe cai
bem é mesmo o de escritor, porque fala por ele e por muita outra gente que não
tem voz nem vez. Escrevendo assim, estimula a que muitos escrevam também. E delicia quem ama a boa palavra nos livros.
*Crônicas
de José Falero, Editora Todavia, 2021.
Aurelião
Durante
alguns anos fui revisor de livros, profissão essencial e pouco valorizada.
Sempre trabalhei com obras de consulta. Entre elas, aquela a que mais me afeiçoei foi
o Aurelião, companheiro de infindáveis horas fechado em salas inóspitas. Ao
percorrer caminhos do léxico muitas vezes encontrei palavras-viagem, e nelas viajei
muito além das solitárias quatro paredes.
Outono
O outono chega na semana que agora entra. Caminhando, vou ler o que dizem as folhas amareladas. A bananeira lá de casa me lembra amorosamente o poeta Matsuo Bashô. Porque se parece com ele. Bom outono a todos.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
As espadas e a donzela
terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
Mais perto do céu
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
sábado, 18 de janeiro de 2025
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Sublime arquiteto
JF.
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photo: jf |
Quando vejo uma rosa assim no meu jardim, não consigo deixar de pensar em Deus. Ele é o sublime arquiteto de tantas coisas lindas no mundo. Não bastasse o "design" magnífico, o Criador dotou as rosas de incomparável perfume, coisa que nenhuma mente ou máquida é capaz de fazer. E isso tudo sem cobrar direitos de autor.