sábado, 7 de janeiro de 2023

Todos os dias

 Jorge Finatto


jfinatto


"A vida de todos os dias, a que eu sempre quis." 

            Do meu livro Claridade, 1983.

A todos muitas claridades nesse 2023. Ninguém "Do lado de fora", lembrando livro do querido amigo Henrique do Valle.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

O povo subiu a rampa

                                              Jorge Finatto

     

photo: Agência Brasil, Tânia Rego

Nunca tinha visto cerimônia tão bela e comovente de subida da rampa do Palácio do Planalto como a do presidente Lula, recém empossado. O grupo de pessoas que o acompanhou representa uma parte importante e esquecida da sociedade brasileira (sem falar da cadelinha vira-lata Resistência).

De braços com o cacique Raoni, 90 anos, ao lado de um menino negro, entre outras pessoas, recebeu a faixa presidencial da catadora negra de materiais recicláveis Aline Sousa. Jamais se viu cena tão tocante e significativa de chegada de um político brasileiro ao poder.

Lula vai acertar e vai errar, porque é humano, tem defeitos e virtudes, e a política não é feita por anjinhos. 

Mas é um ser humano sensível, capaz de se comover com o sofrimento dos esquecidos e por eles lutar e trabalhar.  Que tenha juízo, bom senso e que se deixe iluminar por Deus no caminho.

Não sou nem nunca fui petista, nem de qualquer outro partido.  Mas ainda vejo e sinto.

Temos, enfim, um ser humano na presidência da República e isso faz toda diferença.

sábado, 31 de dezembro de 2022

Mutações

 Jorge Finatto

photo: jfinatto

Raízes firmes na terra, pensamento mirando as estrelas, braços abertos ao azul de outros abraços, respeito ao próximo, à democracia, sabendo que tudo pode mudar, como de fato mudou nas últimas eleições (e continuará a mudar, se nós assim quisermos). 

Nada será como nos últimos quatro anos.

2023, tempo de mutações. 

Que o universo seja o nosso quintal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Do jardim


 

Da série Quem tem um jardim tem um mundo.

Composição e photo: Clara Finatto

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Deixa andar


 Jorge Finatto


Agapanto.photo: jfinatto


Por que a arte existe? Porque a vida dói. Seja como for, a vida dói. Cada um sente o sofrimento de um jeito. A arte é uma maneira de sublimar a dor e o medo.

Às vezes o príncipe é, afinal, mais triste que o mendigo. Este pode alegrar-se com uma simples moeda e um sorriso sincero, o príncipe nem isso. 

Tem gente que já se matou vivendo num castelo. 

Tem gente que fica feliz ao ver o dia amanhecer, só isso. 

A felicidade está no coração de quem sente.

E, no fim, ter uma casinha pra morar, o pão de todo dia e uma família é o maior tesouro. Felicidade total não existe, talvez em outra galáxia. 

Viver dói e é lindo, viver é tudo que temos. O jeito é ir sendo feliz alguns minutos ao dia. O resto deixa andar, como disse Zé Keti no samba Opinião.

domingo, 27 de novembro de 2022

A dança misteriosa

 Jorge Finatto


photos: jfinatto


A paleta de cores é infinita. Não há limite para as formas e expressões. É difícil imaginar que não haja uma inteligência por trás de cada traço, cada tom, cada som.

A beleza é uma construção de razão e sentimento. O Criador não é um jogador de dados, como salientou Einstein. E segue a dança misteriosa do universo numa flor de hortênsia...

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Ávido

 Jorge Finatto


photo jfinatto


Tanta beleza, tanto perfume, tão breve manhã. 

Colhamos o instante com coração ávido.