Jorge Finatto
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photo: jfinatto |
Todas as manhãs vou ao jardim ver se uma nova rosa floriu. E, quando isso acontece, me aproximo, respiro lenta e profundamente até a rosa fazer parte de mim.
a vida de todos os dias, a que eu sempre quis {textos e imagens: Jorge Finatto}
Jorge Finatto
Longe dos fogos de artifício, sobretudo dos barulhentos, dos festejos à beira mar que cobrem a areia de lixo e poluem o mar, longe dos augúrios altissonantes e ocos de sentido, distante das gritarias e dos bêbados brindes, das falsas profecias, num lugar onde o sossego, a paz, a conversa fraterna e a natureza ainda são a melhor promessa. Cada um tem seu jeito de ser feliz (ou algo perto disso).
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photo: Canela, casa enxaimel na área do Castelinho Caracol.
Jorge Finatto
Uma tarde no cais Embarcadero. Olhando o movimenro das pessoas e dos barcos. Depois o pôr do sol avança como um incêndio sobre o Guaíba. Aos 67 eu sinto renovada ternura por tudo isso que foi e é também o meu lugar. Muitas pessoas que podiam estar aqui comigo não estão mais. Viajaram pra outras esferas. A gente viaja mesmo sem querer. Essa a lição do cais. Mas hoje estou aqui com os pés firmes no chão olhando a cidade na beira do rio. E não há solidão que atrapalhe tanta beleza.
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Jorge Finatto