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a vida de todos os dias, a que eu sempre quis {textos e imagens: Jorge Finatto}
Jorge Finatto
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Snow |
Foi notícia há alguns anos. O caso de um pescador que encontrou um pingüim-de-Magalhães, da patagônia, caído na areia. Estava passando mal, coberto de óleo. O pescador João recolheu-o, levou para casa e passou dias e dias limpando. Conseguiu salvá-lo. Desenvolveu-se então uma grande amizade entre eles que evoluiu para amor. O pescador deu-lhe um nome: Dindim.
O fato aconteceu num lugar paradisíaco, numa ilha de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O pingüim tornou-se membro da casa. Depois partiu. Após alguns meses voltou para rever o amigo, numa viagem estimada em oito mil km, desde a Patagônia. Fez isso durante anos. Um dia não voltou mais, não se sabe bem por quê. João não perdeu a esperança de vê-lo sair do mar para um abraço outra vez.
Essa é apenas uma das histórias que ilustram o forte sentimento que pode haver entre pessoas e animais. Creio que eles têm um tipo especial de inteligência, são corajosos e capazes de amar incondicionalmente seus amigos humanos, amparando-nos e divertindo-nos. Coisa que não se vê em muitos seres - ditos - humanos.
Maltratar animais, além de crime, é um péssimo sinal de caráter.
Eu tenho um cãozinho que é a minha alegria, o Gambelinho. Impressionante sua capacidade de perceber coisas que estão fora do nosso alcance. E traz energias boas à família.
São seres que têm uma missão no mundo. E, como nós, têm alma.