Jorge Adelar Finatto
Nesta noite clandestina de maio
não há solidão: é o vento
nem memória: é vento
o dia de amanhã (ainda não existe): vento
não vem o fim
não vem o sono
nem a esperança de quem perdeu:
vento
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Do livro Claridade, co-edição Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Editora Movimento, Porto Alegre, 1983.
Foto: J.Finatto