O fado é uma música boa de ouvir, cantar e recordar. É uma das razões que me fazem gostar de Lisboa, perambular pelas ruas do Rossio, da Alfama, do Chiado, do Bairro Alto e da Mouraria.
Nesta época de frio em Portugal, é bom comer castanhas quentes vendidas nas ruas em cones de papel. E visitar cafés como o Martinho da Arcada, inaugurado em 1782, na Praça do Comércio, à beira do Tejo.
Nele Fernando Pessoa escrevia, recebia amigos, bebia, comia, ficava só. Ainda hoje sua mesa está lá, sempre com uma flor no vaso que a enfeita. O Martinho é monumento nacional português e tem em sua direção a pessoa gentilíssima e especial que é Antóno Souza. Além de oferecer o melhor da cozinha portuguesa, é importante referência em eventos culturais.
Há uma certa melancolia na alma portuguesa. E há também ternura, calor, esperança. Nenhuma arte fala disso tão bem como o fado.
O fado são as marcas deixadas no coração de alguém que viveu, amou, se emocionou, sofreu e não desistiu do sentimento.
Amália Rodrigues está para o fado como Fernando Pessoa para a poesia. São dois expoentes que mostraram ao mundo o modo de ser e de sentir português.
Nele Fernando Pessoa escrevia, recebia amigos, bebia, comia, ficava só. Ainda hoje sua mesa está lá, sempre com uma flor no vaso que a enfeita. O Martinho é monumento nacional português e tem em sua direção a pessoa gentilíssima e especial que é Antóno Souza. Além de oferecer o melhor da cozinha portuguesa, é importante referência em eventos culturais.
photo: j.finatto |
Há uma certa melancolia na alma portuguesa. E há também ternura, calor, esperança. Nenhuma arte fala disso tão bem como o fado.
O fado são as marcas deixadas no coração de alguém que viveu, amou, se emocionou, sofreu e não desistiu do sentimento.
Amália Rodrigues está para o fado como Fernando Pessoa para a poesia. São dois expoentes que mostraram ao mundo o modo de ser e de sentir português.
Nos últimos dias tenho ouvindo discos de jovens fadistas. Katia Guerreiro, Ana Moura, António Zambujo, Mariza, Dulce Pontes, Camané, entre eles. Essa geração de artistas dá novos ares ao gênero, sem virar as costas para a tradição.
Existe uma renovação em curso nas letras das músicas, que expressam uma visão de mundo atual, e no uso de outros instrumentos e também no jeito de cantar.
Não posso estar em Lisboa por agora. Sinto falta das noites passadas na Tasca do Chico, no Bairro Alto, a beber um vinho e ouvir o fado. Me transporto para lá nas asas das canções.
_________________
Alma de fadista:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2011/11/alma-de-fadista.html
Fado, um modo de sentir o mundo:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2011/11/fado-um-modo-de-sentir-o-mundo.html
A pátria da língua portuguesa:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2013/01/a-patria-da-lingua-portuguesa.html