quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Anelo de luz

Jorge Adelar Finatto

 
lua crescente entre galhos, Lisboa. photo: j.finatto


Um anelo de luz entre as folhas, um vislumbre de claridade. Uma passagem vista da terra, olhar de um calado observador. Fragmento lácteo do universo. Um lugar distante e particular como cantar para si mesmo.

E tu caminhas no frio, o bolso cheio de pétalas vermelhas, por um caminho coberto de folhas não escritas. Um vocabulário de buscas e silêncios.

Passageiro e passagem se  misturam. Caminham perto da estrela. Viagens são anelos guardados no fundo do coração. Quem precisa de avião, se já nascemos com asas?

Uma pergunta atravessa a ponte.  Uma trincheira no vazio.