Jorge Adelar Finatto
lua crescente entre galhos, Lisboa. photo: j.finatto |
Um anelo de luz entre as folhas, um vislumbre de claridade. Uma passagem vista da terra, olhar de um calado observador. Fragmento lácteo do universo. Um lugar distante e particular como cantar para si mesmo.
E tu caminhas no frio, o bolso cheio de pétalas vermelhas, por um caminho coberto de folhas não escritas. Um vocabulário de buscas e silêncios.
Passageiro e passagem se misturam. Caminham perto da estrela. Viagens são anelos guardados no fundo do coração. Quem precisa de avião, se já nascemos com asas?
Uma pergunta atravessa a ponte. Uma trincheira no vazio.