quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O escolhido de Deus

Jorge Adelar Finatto

"A Catedral", escultura de Auguste Rodin, Museu Rodin, Paris. photo: j.finatto

Paris. Sempre penso que Deus fala através dos artistas. Acho que eles têm a missao de continuar a criaçao do mundo. Carregam a centelha divina capaz de revelar a beleza escondida. Iluminar o calabouço da condiçao humana faz parte deste designio.

Fui visitar o Museu Rodin. Esse homem foi um artista abençoado. As esculturas que fez em materiais dificeis como marmore e bronze sao absolutamente belas. Mesmo um admirador eventual como eu nao fica insensivel diante de tanta beleza.

Deus colocou nas maos, no coraçao e na mente de Auguste Rodin  um talento especial para esculpir, pensar e sentir sua arte - e ele soube aproveitar (para nosso proveito e encanto). Chegamos a duvidar que um ser humano seja capaz de realizar obra tamanha em quantidade e qualidade. Sao esculturas divinas.

Eu poderia ficar na frente de um pedaço de marmore uns dez anos e, pelo pouco que sei de mim, nao sairia sequer um traço, quanto mais uma simples escultura.

Deus distribui talentos, a cada um de um jeito. O segredo esta em descobrir a capacidade que nos destinou e depois trabalhar, trabalhar muito. Dar o nosso melhor para tornar a vida menos sofrida e mais bonita, eis ai um belo projeto, nesse planeta onde tantas vezes nos sentimos exilados do paraiso.

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As fotos virao em breve.
Conto que continuarao a distribuir os acentos pelas palavras, sem avareza.