Jorge Adelar Finatto
Ninguém lê meus poemas
sequer a família
com meus versos se amola
os outros têm afazeres diversos
toda hora
recebo o poema
como um ser
que apareceu
na minha porta
nesse dia
eu escrevo para uma sala vazia
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Do livro O Fazedor de Auroras, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1990.
Foto: J. Finatto. Colonia del Sacramento, Uruguai.