Jorge Adelar Finatto
capa do disco Obrigado, Brazil |
A música tem sido fonte de consolo, inspiração, beleza e esperança na vida de muitos, entre os quais felizmente me incluo. A arte em geral e a música em particular ajudam a viver e a suportar a escuridão da realidade.
Na orquestra da minha alma, o violoncelo é o coração.
Na orquestra da minha alma, o violoncelo é o coração.
Isso se confirma ao ouvir Obrigado, Brazil, do violoncelista francês-americano Yo-Yo Ma, nascido em Paris, em 1955, filho de pais de origem chinesa. É um desses discos indispensáveis para a sobrevivência na selva desses dias. Nunca me canso de escutar. É um momento raro, delicado.
Com produção e maioria dos arranjos do argentino Jorge Calandrelli, o cd, gravado em 2003, é algo digno de figurar na melhor discografia da música brasileira e universal.
Um time de músicos de primeira linha confere ao trabalho uma notável qualidade. Entre eles, os irmãos violonistas Sérgio e Odair Assad, Oscar Castro-Neves, Cyro Baptista, Paquito D'Rivera, Egberto Gismonti e Cesar Camargo Mariano.
A fina sensibilidade de Yo-Yo Ma consegue extrair a mais pura sonoridade de composições como Bodas de prata & Quatro cantos (Egberto Gismonti), Alma brasileira (Villa-Lobos), Carinhoso(Pixinguinha), Chega de saudade (Tom Jobim), Brasileirinho (Waldir Azevedo), Dança brasileira (Camargo Guarnieri), entre outras.
Em Doce de coco, de Jacó do Bandolim, encontramos toda a maestria, inventividade e ternura do consagrado virtuose.
Com produção e maioria dos arranjos do argentino Jorge Calandrelli, o cd, gravado em 2003, é algo digno de figurar na melhor discografia da música brasileira e universal.
Um time de músicos de primeira linha confere ao trabalho uma notável qualidade. Entre eles, os irmãos violonistas Sérgio e Odair Assad, Oscar Castro-Neves, Cyro Baptista, Paquito D'Rivera, Egberto Gismonti e Cesar Camargo Mariano.
A fina sensibilidade de Yo-Yo Ma consegue extrair a mais pura sonoridade de composições como Bodas de prata & Quatro cantos (Egberto Gismonti), Alma brasileira (Villa-Lobos), Carinhoso(Pixinguinha), Chega de saudade (Tom Jobim), Brasileirinho (Waldir Azevedo), Dança brasileira (Camargo Guarnieri), entre outras.
Em Doce de coco, de Jacó do Bandolim, encontramos toda a maestria, inventividade e ternura do consagrado virtuose.
O violoncelo de Yo-Yo Ma tem, nesse disco, a cara do Brasil e o espírito oriental. Com luxo de batucada, apito e todo balanço na superior performance de Brasileirinho.
Disco instrumental com apenas duas participações cantadas, na bela voz de Rosa Passos.
A música está entre as poucas coisas que me animam neste Brasil tão injusto e violento dos dias atuais. Ela lembra que temos qualidades que vão muito além da miséria ética e do cinismo em que estamos afundados.
Disco instrumental com apenas duas participações cantadas, na bela voz de Rosa Passos.
A música está entre as poucas coisas que me animam neste Brasil tão injusto e violento dos dias atuais. Ela lembra que temos qualidades que vão muito além da miséria ética e do cinismo em que estamos afundados.