A `A a´´´´´ á ``a~a~a~a
Escrever é devorar o mundo com palavras.
á~â ``a á`a
O escritório é um lugar silencioso, recolhido. O mapa das viagens sonhadas e nunca realizadas repousa sobre a mesa, cheio de anotações.
Alguns cravos vermelhos respiram na terra escura, no vaso perto da janela.
b c d e f
Ao longe, a mata e a verde silhueta das montanhas. O voo azul e esquivo das últimas andorinhas nas escarpas, antes da partida ao hemisfério norte (a sempre procurada primavera).
O bonsai carrega dois figos pendentes sobre a escrivaninha.
l j m n hh hh çrt xt
Escrever é devorar o mundo com palavras.
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O escritório é um lugar silencioso, recolhido. O mapa das viagens sonhadas e nunca realizadas repousa sobre a mesa, cheio de anotações.
Alguns cravos vermelhos respiram na terra escura, no vaso perto da janela.
b c d e f
Ao longe, a mata e a verde silhueta das montanhas. O voo azul e esquivo das últimas andorinhas nas escarpas, antes da partida ao hemisfério norte (a sempre procurada primavera).
O bonsai carrega dois figos pendentes sobre a escrivaninha.
A fonte, no velho tronco escuro, leva água para cima e para baixo, num movimento que lembra o incessante moinho circular da vida.
l j m n hh hh çrt xt
O som da água escorrendo é mergulho e passagem dentro da luz.
A presença das pequenas coisas levanta a palavra da escuridão.
O outono inaugura novas seivas nos caules, nos corpos, nas almas.
O pássaro cabe na mão. Um livro é uma coisa singela. Um só olhar desvela todo o horizonte.
Vida pequena, vida possível, vida inventada
uu uah uauhhh iih êêêê
Bonsai de palavras, fresta de claridade no breu da escrita.
Letras brilhando na tela, voando como andorinhas, se projetando na infinita nuvem virtual. Em busca talvez de um olhar que as resgate da grande dispersão.
Agora é tempo de respirar fundo, habitar os aposentos interiores do outono, soltar palavras como pandorgas ao vento.
Vida pequena, vida possível, vida inventada
uu uah uauhhh iih êêêê
Bonsai de palavras, fresta de claridade no breu da escrita.
Letras brilhando na tela, voando como andorinhas, se projetando na infinita nuvem virtual. Em busca talvez de um olhar que as resgate da grande dispersão.
Agora é tempo de respirar fundo, habitar os aposentos interiores do outono, soltar palavras como pandorgas ao vento.