segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Embarcadero

                                                                                                         Jorge Finatto

                           



Uma tarde no cais Embarcadero. Olhando o movimenro das pessoas e dos barcos. Depois o pôr do sol avança como um incêndio sobre o Guaíba. Aos 67 eu sinto renovada ternura por tudo isso que foi e é também o meu lugar. Muitas pessoas que podiam estar aqui comigo não estão mais. Viajaram pra outras esferas. A gente viaja mesmo sem querer. Essa a lição do cais. Mas hoje estou aqui com os pés firmes no chão olhando a cidade na beira do rio. E não há solidão que atrapalhe tanta beleza.

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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Um jeito de ser feliz

 Jorge Finatto

Ontem, domingo, acompanhei meu filho caçula, Lucas, até o Parque Harmonia onde participou da maratona de Porto Alegre. A corrida se deu à margem do Guaíba, percorrendo a orla. Havia mais de 4 mil pessoas. Entre tanta gente, consegui ver o filho no momento da partida e na chegada sentindo a emoção de pai coruja.
Conforme entendimento do Lucas, pouco importa a classificação. Importa estar lá, participar, correr, ser feliz ao lado de outras pessoas às 8 horas da manhã de um domingo azul.
Me chamou a atenção ver vários pais levando filhos com deficiência participar da maratona empurrando-os em carrinhos adaptados. Na face daqueles pais e seus filhos vi um momento de grande felicidade. Vê-los assim me emocionou.
Um senhor que aparentava ter mais de 70 anos estava desistindo da prova, não conseguia ir adiante. Nisso aproximaram-se dois corredores, um de cada lado, e devagar o auxiliaram a continuar. Ele foi em frente e os três ultrapassaram a linha de chegada juntos...
Diante de tanta humanidade, o pódio é o que menos interessou. Todas aquelas pessoas eram vencedoras pelos simples fato de estarem ali. No final, abracei forte o meu Lucas.
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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Solitudes na Feira do livro



"Este livro trata da solidão e do isolamento. O tema é abordado de forma delicada a partir de motivos simples do cotidiano, e o autor busca, através deles, a espiritualidade que emana dessa condição incontornável da vida humana. Se por um lado a solidão nos acompanha desde que nascemos, por outro necessitamos de proximidade para viver e realizar nossa humanidade. Quando reconhecemos nossa solidão, podemos caminhar de modo mais inteiro em direção ao outro."

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Photo de Bruna Gomes

Pedidos para:

acasadachuva@hotmail.com