quinta-feira, 23 de junho de 2016

A felicidade do outro

Jorge Finatto

photo: jfinatto

É impossível ser feliz sozinho.
                                        Antonio Carlos Jobim, na canção Wave 
 
Num café li a seguinte frase, numa placa pendurada na parede (transcrevo de memória): "Torço muito pela felicidade dos outros, porque gente feliz não enche o saco". Não havia menção do nome do autor. De qualquer maneira, vale a pena pensar nisso.

Estou inteiramente de acordo. Sempre quero ver gente feliz por perto. É a melhor coisa. O Maestro Tom Jobim disse tudo no seu verso: É impossível ser feliz sozinho.
 
Quanto mais gente feliz está ao nosso redor, melhor é a vida. A felicidade é um negócio que se espalha, como corrente elétrica pelas lâmpadas da casa escura. A pior coisa é viver perto de pessoas infelizes, sem esperança, negativas e sem alegria. Uma nuvem negra as acompanha. É um fardo difícil de suportar.

Mas quem não tem seu dia infeliz ou seus momentos de tristeza e preocupação? O importante é não deixar que esses sentimentos sejam predominantes. Sentir um pouco de inveja da felicidade alheia é até normal, quando não é demais. Mas não leva a lugar nenhum. A chance de realizar coisas, e ser mais, vivendo perto de pessoas batalhadoras e otimistas é muito maior.

Felicidade pra todos já. Esse é o grande lema. Sem  esquecer as lições de dois filósofos do cotidiano brasileiros. O cantor e compositor Odair José ensinou: "Felicidade não existe; o que existe na vida são momentos felizes". E a atriz Tônia Carrero declarou, quando perguntada se era feliz: "Sou feliz algumas vezes durante o dia". Isto que é sabedoria, não é mesmo?

Fazer algo pela felicidade do outro, no dia a dia, é condição essencial para viver melhor e para um planeta mais feliz. Isso poder ser feito de várias maneiras, a começar por executar com esmero e dedicação o nosso trabalho. É o que faz rodarem para frente as rodas dessa velha carroça a que chamamos mundo.