Andamos pela vida
como seres
de pedra
habitamos as noites
de vento
as manhãs de bruma
nos acolhem
no manto líquido
trazemos
o olhar parado
em algum lugar
do passado
a memória amputada
o semblante malferido
uma rosa desfeita
povoa o peito
algo se perdeu
algo desmoronou
o coração abandonado
ficou seco
nas praças de Porto Alegre
a saudade dos encontros
o rosto pintado
os dedos finos
entrelaçados
na névoa
eis que do fundo turvo
surgem os primeiros
traços do sol
renascemos da treva
ressurgimos do pó
o corpo leve
agora dança
na busca de infinito
por um momento
a beleza
o encanto
a harmonia perdida
____________
Poema do livro Memorial da vida breve, Editora Nova Prova, Porto Alegre, 2007.
como seres
de pedra
habitamos as noites
de vento
as manhãs de bruma
nos acolhem
no manto líquido
trazemos
o olhar parado
em algum lugar
do passado
a memória amputada
o semblante malferido
uma rosa desfeita
povoa o peito
algo se perdeu
algo desmoronou
o coração abandonado
ficou seco
nas praças de Porto Alegre
a saudade dos encontros
o rosto pintado
os dedos finos
entrelaçados
na névoa
eis que do fundo turvo
surgem os primeiros
traços do sol
renascemos da treva
ressurgimos do pó
o corpo leve
agora dança
na busca de infinito
por um momento
a beleza
o encanto
a harmonia perdida
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Poema do livro Memorial da vida breve, Editora Nova Prova, Porto Alegre, 2007.