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sábado, 23 de maio de 2020

Os fascistas

Jorge Finatto
 
photo: j.finatto


Os fascistas
escolhem sempre
as prisões
à BENIGNIDADE DO SOL

mas os poetas
continuarão
VIOLANDO
AS SOMBRAS


 _________________

Do livro O Habitante da Bruma, Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1998.
 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Raymond Carver

Jorge Finatto

Raymond Carver. fonte: Wikipédia

Todo poema é um ato de amor, e de fé. Existe tão pouca recompensa para a escrita de poesia, seja monetária ou, você sabe, em termos de fama e glória, que o ato de escrever um poema tem de ser um ato que se justifique em si mesmo e realmente não possua nenhum outro objetivo em vista. Para querer fazê-lo, você realmente precisa amar fazê-lo. Nesse sentido, então, todo poema é um "poema de amor".

Raymond Carver, em entrevista a Sinda Gregory.¹


ENCONTRAR UM POETA é um acontecimento tão raro quanto descobrir uma mina de diamantes. Não sei distinguir um diamante de uma ágata ou ametista, e possivelmente não reconheceria uma pedra caída de Vênus no meu quintal. Gosto de pedras coloridas e todas me parecem belas.

Mas sei reconhecer um bom poema. Sei de sua raridade, de seu desapego, e, quando encontro um, é como se descobrisse uma lasca de estrela à flor da terra. Porque quase tudo no mundo virou coisa. Não há mais espaço para contemplação, para o esforço da ruminação, da busca do sentido da vida e nós dentro dela.

Vivemos um tempo em que as inquietações e indagações em torno da existência foram substituídas e esgotadas em anúncios publicitários. Frases curtas, diretas, com objetivos definidos, concretos, e resultados imediatos. Tudo é mercado, tudo é venal e previsível.

Então, quando leio um poeta de verdade, esse estranho animal que já não encontra lugar na floresta, é um evento de pura graça. Sinto uma grande emoção. É o que acontece por esses dias quando leio, com profunda gratidão, a antologia Esta vida - poemas escolhidos, do poeta e contista americano Raymond Carver (1938 - 1988). A seleção e a tradução são de Cide Piquet a partir dos livros Fogos (1983), Onde a água se junta a outra água (1985), Ultramar (1986) e Um novo caminho para a queda d'água, livro póstumo de 1989.²

Poeta, na minha visão, é quem garimpa pontos de luz no escuro fundo de mina do cotidiano. Esse é o artesão da palavra e o vivente espiritualizado, que tem os pés no chão e a cabeça aberta aos mistérios do universo. Universo que todo pode estar contido num abraço, num grão de pólen, num córrego, numa joaninha como numa estrela.

É o caso de Carver, de quem só tinha lido alguns contos do livro 68 Contos, lançado pela Companhia das Letras em 2010.³ Considerado um dos grandes contistas do século XX, comparado a Anton Tchekhov, impressiona a desenvoltura do escritor em ambos os gêneros.

De origem pobre, teve diversos trabalhos (limpou banheiros, serviu mesas, abasteceu carros, vendeu livros de casa em casa). Mudou-se várias vezes de endereço com a família. Desde muito jovem cultivou a escrita. Seu esforço foi bem sucedido. Recebeu bolsas literárias, atuou como palestrante convidado na Universidade de Santa Bárbara, Califórnia.

Obteve reconhecimento dentro e fora dos Estados Unidos. Teve problemas com o alcoolismo, o qual abandonou. Morreu de câncer de pulmão aos 50 anos e seus últimos poemas tratam da doença e do fim próximo com notável lucidez.

Carver enfrenta a escrita com humildade, sabe que quase sempre saímos perdendo do enfrentamento e que o contrário disso é a exceção, é o poema. Seus temas são simples, fazem parte da vida de qualquer um, o que muda é o enfoque, e o resultado é sempre iluminador. Não será fora de lugar dizer que Raymond Carver é um poeta lírico trabalhando com os dois pés na realidade. Um desiludido que ainda ousa iludir-se (sensibilizar-se), à maneira transcendente de Carlos Drummond de Andrade.

Li os textos em inglês e a tradução e, no todo, o resultado me pareceu muito bom. Sem grandes invenções, torcicolos de estilo e sem a veleidade de fazer uma nova obra a partir do original, o tradutor consegue entregar na língua de chegada o sentido e o sentimento do texto na língua de partida. A tradução, neste caso, consegue envolver o jeito de dizer do autor, o que nem sempre se alcança em se tratando de poemas.

Ouçamos a voz humana, a voz ancestral e fundadora da poesia, na obra essencial de Raymond Carver. 


Fragmento final

E você teve o que queria
desta vida, apesar de tudo?
Tive.
E o que você queria?
Dizer que fui amado, me sentir
amado sobre a terra. 4

__________ 
1, 2 e 4 - Esta vida - poemas escolhidos. Raymond Carver. Seleção e tradução de Cide Piquet. Edição bilíngue. Editora 34. São Paulo, 2017.

3 - 68 Contos de Raymond Carver. Tradução de Rubens Figueiredo. Companhia das Letras, São Paulo, 2010.


sábado, 7 de janeiro de 2017

Os fascistas

Jorge Finatto
 
photo: j.finatto


Os fascistas
escolhem sempre
as prisões
à BENIGNIDADE DO SOL

mas os poetas
continuarão
VIOLANDO
AS SOMBRAS


 _________________

Do livro O Habitante da Bruma, Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1998.
 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

No café do tempo com Ruy Belo

Jorge Adelar Finatto
 

Ruy Belo
Estou aqui no café, esta velha casa serrana de madeira, com suas mesas cobertas com toalhas coloridas de tecido xadrez. Hoje é quarta-feira, 18h, 10 de outubro de 2012.

O texto vai datado, um tempo de clepsidra, para que os arqueólogos literários, daqui a 50, 100 anos, possam se situar, se por acaso chegarem com seus instrumentos de escavação nesta página carcomida pelo tempo. Peço desculpas, antecipadamente, porque não estarei aqui para recebê-los.

Estou com os sapatos molhados de andar na chuva. Molhados de sonho, de distância. Olho agora através da janela do café, o frio molhado, espelhado, que faz na rua. Um pouco de neblina, vento.
 
Que raio de primavera, diz alguém. Eu não digo nada, só quero curtir o clima, acho isso uma beleza, dia pluvioso, gris. Porque além do frio, as flores dos arbustos fluem em azul e branco, mais o perfume, pena não se possa, ainda, reproduzir aroma na página luminosa.

As primaveras - assim chamam-se esses arbustos - florescem nos pátios, terrenos baldios, calçadas da pequena cidade.
 
O rastro de chuva, gotas prateadas, sobre o capote azul que penduro na cadeira ao lado, não quero arriscar um resfriado, uma gripe. Um espirro sobre o texto seria uma indelicadeza com o raro leitor.

Hoje me sinto trinta anos atrás (a idade, nessa altura, pouco importa, tantas vezes já morri e tantas outras ressuscitei), o que importa é que cheguei até esse dia de chuva luminosa, meio sem eira nem beira, talvez, mas profundamente agradecido por poder andar na chuva me molhando e por estar agora aqui no café, num dia assim de fria, úmida, cálida primavera.

Um dia assim enfaruscado, quando tudo parece perdido para alguns, mas aí acontece de poder sentar nesta mesa, numa velha casa serrana, numa quarta-feira de tarde.
 
Escrevo essas coisas na folha branca do guardanapo, o café fumega na xícara, tem cheiro e um certo gosto de anis-estrelado.

No bolso do capote (azul-marinho), encontro um papel dobrado, o que será?

Uma folha de calendário marcando o dia 7 de abril de 2003, uma segunda-feira. Nela está escrito um texto do poeta português Ruy Belo (1933 - 1978), o poema se chama O valor do Vento (do livro Todos os Poemas). Ouçamos o que diz o bardo:
 
Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
 
É belo o poema, belo o poeta Ruy Belo na sua busca do inefável, da emoção além das palavras. Tão belo como este dia de inverno na primavera.
 
O calendário, lembrei, comprei numa livraria em Lisboa, dele tirei esta página e guardei no bolso do capote para que o poema esteja sempre por perto, para que a poesia não me abandone, para que possa conversar com o Belo poeta enquanto caminho por aí em dias de chuva e vento.

Trazer poemas no coração é uma maneira de tentar parar o tempo, ainda que por um ínfimo instante.
 
Agora escureceu, o tempo escorreu na clepsidra. A garoa miúda escorre no vidro do café serrano. Gotas de luz deslizam nos óculos.
 
____________________
Foto: Ruy Belo. O crédito da imagem será dado tão logo conhecido. Fonte: http://norastoderuybelo.blogspot.com.br/
 Leia sobre Ruy Belo:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2011/03/ruy-belo.html
Texto revisto, publicado antes em 12/10/2012. 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Manuel Alegre, Pastéis de Belém, Elétrico 28

Jorge Adelar Finatto
 
Vista do Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa, 23.01.2014. photo: j.finatto
 
Auschwitz

Olhar vazio esqueletos em pé
mortos-vivos caminhavam sem rumo.
E a quem lhes falava de Deus
eles apontavam a chaminé:
fumo.
                                 Manuel Alegre

Além de gastar o Elétrico 28 (bonde) andando pelas colinas e a baixa de Lisboa, tirei o dia de ontem, que estava azul e ensolarado, não obstante frio, para ir a Belém, esse bairro arejado e alegre.
 
Acho um lugar suave, com muitas opções culturais, como o Mosteiro dos Jerônimos e o Centro Cultural de Belém, bom de estar e ficar, na beira do Tejo, de onde partiam as caravelas ao Oceano a descobrir mundos. Bebi a costumeira taça de café com leite e comi dois pastéis doces que tanto me apetecem nos Pastéis de Belém.
 
Visitei amigos nesses dias portugueses, ouvi mais do que falei (porque nisso, pra mim, reside a graça), perambulei. Fui a livrarias em busca dos livros que fazem parte de uma lista de autores portugueses que não encontro no Brasil. Um nome, contudo, não tinha anotado: Manuel Alegre (1936).
 
Uma descoberta dessas vale uma viagem. Na terceira livraria do dia, na Praça do Rossio, descobri o livro Nada está Escrito, de Manuel Alegre (Publicações Dom Quixote, 2012, Lisboa). Tinha ouvido falar que se tratava de um político português, do Partido Socialista, que viveu anos no exílio durante a ditadura e que também era escritor, poeta.
 
Peguei o volume na estante e folheei-o com desconfiança. Políticos poetas são coisa rara. Li alguns poemas e vi que estava diante de uma exceção. Continuei a leitura no quarto de hotel, li quase todo.
 
Manuel Alegre é um senhor poeta. Não tenho qualquer idéia de seus feitos ou mal-feitos na política. Mas nesta obra constatei que tem muitos acertos como fazedor de versos. Pelo que escreve, deve ser um ser humano com um rico coração que leva para a política o melhor de si.
 
Encontrar uma pessoa sensível e que faz poemas para os semelhantes é um clarão na alma.
 
Daqui a algumas horas parto de Portugal, vou para longe, rumo ao norte. Vou feliz, com tantas coisas boas vividas nos últimos dias.

sábado, 23 de junho de 2012

Cartas a um jovem poeta

Jorge Adelar Finatto

photo de Rilke, 1900.Fonte: Wikipédia.

"As coisas estão longe de ser todas tão tangíveis e dizíveis quanto se nos pretenderia fazer crer; a maior parte dos acontecimentos é inexprimível e ocorre num espaço em que nenhuma palavra nunca pisou. " ¹

Dois livros do poeta Rainer Maria Rilke (Praga, na época Áustria-Hungria, 4/12/ 1875 - Valmont, Suíça, 29/12/1926) marcaram para sempre a minha sensibilidade. São eles Cartas a um jovem poeta e Elegias de Duíno.

Rilke foi um escritor vigoroso, trabalhador, solitário e paciente, que experimentou, em toda profundidade, as dificuldades e alegrias do ofício de escrever. Construiu uma das obras mais importantes da literatura em língua alemã. Seu legado é universal e atrai leitores em todos os lugares do planeta.

Para ele, nada mais estranho ao universo da poesia e da criação do que a busca por notoriedade, a sede insaciável de autopromoção, o culto despudorado do próprio umbigo. Isto não produz a verdadeira obra de arte, mas a massa informe e pretensiosa de objetos que apenas simulam uma aproximação com o ato criador.

Para Rilke, que considerava indispensáveis a Bíblia e os livros do poeta e escritor dinamarquês Jens Peter  Jacobsen, é necessário mergulhar na introspecção e no silêncio como alguém que vê, sente e nomeia o mundo pela primeira vez.

Nessas breves linhas, quero me deter um pouco em Cartas a um jovem poeta. É um livro composto por dez cartas que enviou, entre 1903 e 1908, ao jovem poeta Franz Xaver Kappus, que lhe pediu conselhos. Ao invés de deter-se na análise crítica dos textos - a que era avesso - procurou abordar questões concernentes à formação do indivíduo, ao mergulho na condição humana, ao convívio com a própria e irrenunciável solidão na busca de respostas.

assinatura do poeta

Diz-nos o autor:

"O amor de duas criaturas humanas talvez seja a tarefa mais difícil que nos foi imposta, a maior e última prova, a obra para a qual todas as outras são apenas uma preparação."²

É um livro que se destina não apenas a pessoas que se interessam por poesia e literatura. Fala da vida em sua dimensão mais secreta e profunda, fala de circunspecção para tentar entender as coisas do mundo, os outros, para compreender melhor a si mesmo e talvez criar.

Não se trata de um professor que fala ao aprendiz, mas de um ser humano sensível que se dirige a outro e compartilha o que reuniu de melhor, de forma humilde e sincera.

As reflexões de Rilke sobre o fazer literário são preciosas: escrever só quando sentir necessidade, não dar muita atenção à opinião da crítica, evitar assuntos sentimentais, cuidar da linguagem, voltar-se para seu interior, sem deixar de observar o ambiente no qual se vive.

Mas não há receitas. Cada um faz o próprio caminho, é o que nos ensina o poeta.

Nestes tempos em que tudo tem sua expressão medida pelo valor comercial e midiático, a palavra de Rilke continua viva e fecunda, mostrando-nos que pode haver algo além da vaidade estéril e do entretenimento barato:

"A arte também é apenas uma maneira de viver. A gente pode preparar-se para ela sem o saber, vivendo de qualquer forma. Em tudo o que é verdadeiro, está-se mais perto dela do que nas falsas profissões meio-artísticas. Estas, dando a ilusão de uma proximidade da arte, praticamente negam e atacam a existência de qualquer arte. Assim o faz, mais ou menos, todo o jornalismo, quase toda a crítica e três quartos daquilo que se chama e se quer chamar literatura."³

________

¹Cartas a um jovem poeta. Rainer Maria Rilke. Tradução de Paulo Rónai. Editora Globo, Porto Alegre, 1978, pág. 21.
² Idem, pág. 55.
³ Idem, págs. 75/76.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cacaso

Jorge Adelar Finatto



Cacaso estaria fazendo 68 anos na data de ontem, 13 de março. Em memória, reproduzo este texto publicado em 02 de outubro de 2010.

Foi o poeta e compositor Cacaso a pessoa que melhor traduziu, até hoje, o sentido do que escrevo. Devo a ele a leitura mais luminosa e mais profunda. O texto foi publicado no jornal Leia Livros, na coluna Vinte pras duas, em 1982. Era sobre meu livrinho de poemas Viveiro, lançado em São Paulo, em 1981, pelo Grupo Sanguinovo.

Fiquei surpreso e feliz com o que ele escreveu, e havia bons motivos. Cacaso é um poeta raro, dos melhores que tivemos na segunda metade do século XX*. Escreveu poemas e letras de música como poucos. Fez parcerias com Tom Jobim, Edu Lobo, Sueli Costa, Djavan, Francis Hime, João Donato, Macalé, entre tantos. Foi professor na Faculdade de Letras da PUC do Rio de Janeiro. Tinha uma leitura muito lúcida sobre o Brasil e nossa cultura. Era um intelectual refinado e, ao mesmo tempo, uma pessoa simples e generosa. Conhecia as ruas das grandes cidades e conhecia o interior brasileiro. Conhecia e amava o nosso povo.

Em 1985, tive o único encontro com ele, visitando-o em seu apartamento na Avenida Atlântica, no Rio. Recordo a ampla sala com piano de onde se via o mar de Copacabana. E uma outra sala, local de trabalho, que tinha um armário repleto de fitas com músicas gravadas. No trato pessoal, revelou-se muito atencioso, disposto a falar e ouvir.

Cacaso (Antônio Carlos Ferreira de Brito, 1944 - 1987), esse homem, esse poeta, esse pensador, foi um pecado morrer tão moço, com tanto ainda para nos ensinar, nos ajudar a entender e nos escutar.

A poesia do Jorge Adelar Finatto é breve, sem muitos volteios, incapaz de autocomplacência e dotada de uma região de silêncio que lhe comunica transcendência. O poeta vê o cotidiano como um absurdo rotineiro, um lugar onde o escândalo já não escandaliza e onde certa dose de perversidade e dureza torna-se um antídoto necessário à sobrevivência.


Cacaso

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Foto: Cacaso. Divulgação. Revista Bravo online, março de 2009. Ilustra excelente texto de Geraldo Carneiro sobre o poeta. bravonline.abril.com.br

* A antologia lero-lero, da editora Cosac & Naify, lançada em 2002, é uma bela mostra do trabalho de Cacaso.

Vale a pena visitar a bonita página criada pela cantora Rosa Emília para Cacaso no facebook:



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Inversos, novo livro de Ana Luísa Amaral

Jorge Adelar Finatto



Nessa terça-feira, 11 de maio,  na cidade do Porto, em Portugal, haverá o lançamento de Inversos,  novo livro de poemas de Ana Luísa Amaral. A edição  é da Publicações Dom Quixote. O evento ocorrerá na Biblioteca Almeida Garret, às 18h30min, e  a apresentação da obra será feita por Maria Irene Ramalho. Haverá leitura de textos por Paulo Eduardo Carvalho e pela própria autora. O convite é feito pela Câmara Municipal do Porto e pela editora.
 

Ana Luísa Amaral figura entre os principais nomes da literatura portuguesa da atuallidade, com uma obra reconhecida pelo público e pela crítica. Além de poeta talentosa e premiada, leciona Literatura e Cultura Inglesa e Americana na Universidade do Porto. Neste blog publicamos uma interessante entrevista com a autora, em 02 de março passado. Nela Ana Luísa nos dá uma bela ideia de literatura e de seu trabalho, e nos alimenta com seu conhecimento e sua inspiração.


Impedido pela neblina de sair de Passo dos Ausentes, não poderei fazer a travessia do Atlântico a fim de estar presente no lançamento. Os que puderem comparecer serão recompensados pelos ensolarados versos do livro, que reúne a obra poética de Ana Luísa.

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Foto: Ana Luísa Amaral.

Entrevista com Ana Luísa Amaral:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2010/03/o-tempo-de-construir-palavra.html