segunda-feira, 1 de abril de 2019

A hora da pacificação

Jorge Finatto

Pôr do sol no Guaíba. photo: jfinatto

 
O NÚMERO de desempregados divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é terrível.* Até o final de fevereiro último, somavam 13 milhões e 100 mil as pessoas sem trabalho. Além delas, existem 4 milhões e 900 mil desalentados, isto é, aqueles que desistiram de procurar emprego por desânimo, depressão, cansaço diante do quadro que se apresenta.

Enquanto isso, não se vislumbram ações capazes de levar o país a uma pacificação. Não houve diminuição do enfrentamento politico, distensão que deveria ter se seguido às eleições para a reconstrução da confiança, da economia e dos empregos.  Pelo contrário, o bate-boca aumentou, e quando a gritaria prevalece, acaba ocupando o lugar destinado ao diálogo,  às ideias, projetos, boas práticas. A inteligência se calou no Brasil nos últimos meses.

O país continua carente de bom senso, razoabilidade, espírito público. As coisas simplesmente não andam. Parece que não existe amanhã nestes tempos de ódio. Estamos vivendo uma espécie de velório da esperança.

É preciso que os homens e mulheres que ocupam cargos públicos saibam que não estão aí para ser servidos, mas para servir a sociedade. É o óbvio que deve ser reiterado todos os dias no Brasil.

Todo mundo sabe o que necessita ser feito para melhorar a vida da população. O país não pode esperar mais. Humildade, respeito ao semelhante, paz, trabalho, justiça, empatia são algumas palavras que podem ajudar muito nesta hora. Não se brinca com a vida de mais de 200 milhões de pessoas.

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*Desemprego
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/29/desemprego-sobe-para-124percent-em-fevereiro-diz-ibge.ghtml