Jorge Finatto
Devia ser eu em cima daquela prancha (stand up), deslizando sobre as águas do Guaíba. Na verdade, acho que era eu. Sentia o cheiro adocicado do rio enquanto glissava de pé sobre a superfície azulada, cortando pequenas ondas em direção ao sul.
Se não era eu, como explicar o toque do vento batendo no meu rosto, aquela sensação de liberdade?
Tinha de ser eu. Pelo menos era o que imaginava, sentado no café da Fundação Iberê Camargo, diante do Guaíba.
Um sentimento de felicidade por estar ali, mergulhado naquela aquarela. A vista da cidade desde o ponto ondulante era de não esquecer.
Devia ser eu naquela prancha, orientando o remo, olhando a face fugidia da cidade.
A tarde de sol cálido convidava pra ser feliz.
Se não era eu, como explicar o toque do vento batendo no meu rosto, aquela sensação de liberdade?
Tinha de ser eu. Pelo menos era o que imaginava, sentado no café da Fundação Iberê Camargo, diante do Guaíba.
Um sentimento de felicidade por estar ali, mergulhado naquela aquarela. A vista da cidade desde o ponto ondulante era de não esquecer.
Porto Alegre vista de uma janela da FIC photo: j.finatto |
Devia ser eu naquela prancha, orientando o remo, olhando a face fugidia da cidade.
A tarde de sol cálido convidava pra ser feliz.
Beira rio. photo: j.finatto |
O homem da prancha desafia a lógica da cidade, que é ficar de costas para o rio. O homem da prancha vem nos lembrar que existe um rio e que é bom manter contato físico com as águas. O homem da prancha desperta em nós, que estamos à margem, a vontade de deixar o rio fazer parte de nossas vidas.
Diante do Guaíba, perto do entardecer, esse momento é um convite ao pensamento criativo, ao olhar interior, à integração com a cidade e seu ambiente, à construção de sentidos.
Viver é agora.
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Iberê Camargo:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2012/03/ibere-camargo-e-escrita-da-
Viver é agora.
Árvore diante da FIC, na beira do Guaíba. photo: j.finatto |
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Iberê Camargo:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2012/03/ibere-camargo-e-escrita-da-