Jorge Adelar Finatto
Tem dias em que saímos
com o corpo nu
para alojá-lo na primeira copa de árvore
e chorar longe dos homens
dias em que os desejos
até os mais secretos
sucumbem apagados
na penumbra
tempo de total privação
da carne e do sonho
tardes em silêncio reveladas
intervalo entre dois mundos