sábado, 31 de dezembro de 2022

Mutações

 Jorge Finatto

photo: jfinatto

Raízes firmes na terra, pensamento mirando o chão e as estrelas, braços abertos ao azul de outros abraços, respeito ao próximo, à democracia, sabendo que tudo pode mudar, como de fato mudou nas últimas eleições (e continuará a mudar, se nós assim quisermos). 

Nada será como nos últimos quatro anos.

2023, tempo de mutações. 

Que o universo seja o nosso quintal.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Do jardim


 

Da série Quem tem um jardim tem um mundo.

Composição e photo: Clara Finatto

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Deixa andar


 Jorge Finatto


Agapanto.photo: jfinatto


Por que a arte existe? Porque a vida dói. Seja como for, a vida dói. Cada um sente o sofrimento de um jeito. A arte é uma maneira de sublimar a dor e o medo.

Às vezes o príncipe é, afinal, mais triste que o mendigo. Este pode alegrar-se com uma simples moeda e um sorriso sincero, o príncipe nem isso. 

Tem gente que já se matou vivendo num castelo. 

Tem gente que fica feliz ao ver o dia amanhecer, só isso. 

A felicidade está no coração de quem sente.

E, no fim, ter uma casinha pra morar, o pão de todo dia e uma família é o maior tesouro. Felicidade total não existe, talvez em outra galáxia. 

Viver dói e é lindo, viver é tudo que temos. O jeito é ir sendo feliz alguns minutos ao dia. O resto deixa andar, como disse Zé Keti no samba Opinião.