quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mãos que tecem o amanhecer

Jorge Adelar Finatto


A porta de entrada na vida é sempre uma luminosa travessia. A primeira respiração de alguém é a respiração do primeiro homem e da primeira mulher.

A saída da existência é sempre a coisa mais triste.

Existem pessoas que, sendo o que são e vivendo como vivem, nos inspiram e nos dão força para continuar no caminho. É gente que com um gesto de compreensão nos diz que a vida vale a pena. 

Passam o sentimento de que cada ser humano é importante para humanizar o giro das engrenagens dessa obscura geringonça na qual estamos metidos desde a hora em que abrimos os olhos de manhã até o instante em que adormecemos.

O mínimo que deveríamos fazer, nessa escuridão, é dar a mão uns aos outros. Não é isso que acontece. Mas há pessoas que têm o dom de nos mostrar que uma vida assim é possível. Ainda bem que elas existem.

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Foto: J.Finatto