Jorge Finatto
capa livro Viveiro, 1981 |
Há 40 anos escrever, e publicar, poemas era um ato de vida e de resistência. Em meio à ditadura civil-militar, era preciso cultivar a esperança, a beleza da palavra, o direito de viver e lutar por dias melhores diante da escuridão vigente. Importava menos a literatura em si do que o grito.
Já não tenho 24 anos e seria absurdo voltar ao calabouço depois de conhecer a claridade da democracia (ainda que imperfeita).
A pior democracia é melhor do que a melhor das ditaduras, seja ela de esquerda ou direita.
Seria demais esperar que os donos do poder refletissem sobre isto? Sobre o que quer que seja?
“Viveiro” (plaquete, livro artesanal) foi publicado em 1981, em São Paulo, pelo Grupo Sanguinovo, liderado pelo talentoso e incansável poeta Antonio Carlos Lucena, o Touchê. As apresentações foram escritas por Heitor Saldanha e Leila Míccolis. E a bela capa foi feita por Rita H. Pedroso.
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