domingo, 16 de maio de 2010

Transe

Jorge Adelar Finatto



Nesta noite clandestina de maio
não há solidão: é o vento
nem memória: é vento
o dia de amanhã (ainda não existe): vento

não vem o fim
não vem o sono
nem a esperança de quem perdeu:
vento

_______

Do livro Claridade, co-edição Prefeitura Municipal de Porto Alegre e Editora Movimento, Porto Alegre, 1983.

Foto: J.Finatto

2 comentários:

  1. O vento de maio, cantado também por Lô Borges e a turma do Clube da Esquina.
    Sei que gostas muito deste pessoal, que tens identidade com este povo das Geraes.
    Tenho este teu precioso livro comigo e gosto de relê-lo vezemquando.
    Quem sabe tragas, proximamente, outros poemas intensos desta tua obra.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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  2. Meu caro Ricardo,

    o que eu gosto e considero importante nos teus textos literários e nas manifestações que fazes é o gosto que tens pela palavra escrita, cantada, falada. No livro, na internet, na música. A qualidade do que escreves reflete a qualidade do pensamento e o espírito claro do poeta e escritor.
    Enfim, amigo, acho que temos um caminho pela frente e uma longa conversa. E tudo vai dar certo, se Deus quiser.

    Aquele abraço.

    Adelar

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