Jorge Adelar Finatto
O astrônomo do farelo procura a estrela perdida.
Entre o sagrado e o profano da vida pequena, ele busca beleza e arte nas coisas mais simples. Como o explorador de cavernas que, na escuridão e na umidade, tateia a fresta de luz que o conduz à escondida gruta, onde ainda brilha a primeira claridade do mundo.
Um dia - sempre tem um dia - o astrônomo do farelo perdeu a sua estrela. Era uma pequena estrela azul e brilhante. Era uma estrela risonha, íntima e calma que habitava sua alma.
A estrela. Quando a tocava com a ponta dos dedos, muito suavemente, ouvia a doce e misteriosa música que vinha do seu interior. Um dia, de repente, ela desapareceu.
A estrela. Quando a tocava com a ponta dos dedos, muito suavemente, ouvia a doce e misteriosa música que vinha do seu interior. Um dia, de repente, ela desapareceu.
Por ela, ele se tornou um homem calado e triste. Um oco cresceu no seu coração. Ele ficou assim, torto no mundo. Passa as noites olhando o céu. Um homem ferido a bordo de uma louca procura.
O homem que perdeu a sua estrela.
O homem que perdeu a sua estrela.
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Foto: J. Finatto
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