segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A palavra

Jorge Adelar Finatto


A palavra me salva
dá a transparência
que preciso

não quero
o isolamento volumoso
do jardim secreto

o destino sem fio
do pássaro errante

busco a felicidade
possível
na face oblíqua
da chuva

_____

Do livro O habitante da bruma, Editora Mercado Aberto, Porto Alegre, 1998.
Foto: J. Finatto

Um comentário:

  1. A palavra nos salva, Adelar.
    Quem sabe, se não tivessemos este intercâmbio com as Musas, seríamos mais um neste planeta.
    Num mundo desigual, temos que buscar as possibilidades da ventura, pois felicidade plena deve ser coisa para mundos superiores...

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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