Jorge Adelar Finatto
O jaó era dado como extinto no Rio Grande do Sul. Na semana passada, veio a boa notícia. Um exemplar dessa espécie foi encontrado numa cidade da região central do Estado. O nome do lugar não é revelado para evitar a ação de caçadores. Os autores da descoberta são estudantes de biologia da Universidade da Região da Campanha, conforme noticiou o jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Também conhecida como jaó do litoral e jaó da mata, o nome científico da ave é crypturellus noctivagus.
O jaó gosta de viver perto da água e no interior da mata, esse ambiente que é alvo de insana cobiça por parte de derrubadores de árvores, adeptos da caça e especuladores imobiliários, entre outros predadores. É uma vergonha para o ser humano quando uma espécie entra em risco de extinção. Esta, quando ocorre, é obra do bicho homem, que mata outros seres vivos de forma desnecessária e covarde.
Esperamos que o reencontro da solitária ave signifique uma oportunidade de permanência de sua espécie na natureza e, por extensão, uma chance mais de sobrevivência da gente humana no planeta. Nosso futuro está condicionado ao destino dos outros seres. Todos devemos ter o compromisso de preservar o que resta da mata e da fauna. A hora já está passando. A notícia da volta do jaó é motivo de alegria e, sobretudo, de redobrados cuidados.
Se o jaó está vivo, estamos todos um pouco mais vivos também.
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Foto do jaó. Fonte: Wikipédia. Autor: Marcos Massarioli. Ano: 2008.
Lutamos por ideais paralelos, Adelar.
ResponderExcluirO homem integral não pode desprezar seus irmãos menores nesta caminhada terrestre.
Assim a flora & fauna tem de ser preservados e protegidos da sanha imobiliária e destrutiva.
Deixo, abaixo, um poema autoral publicado no livro da Tribo, se não me engano de 2009:
Mata atlântica
em teu verdazul
ancoro meus olhos
ainda preservados
Abraço.
Ricardo Mainieri
Gostei do poema. Breve e lírico, sem subterfúgios.
ResponderExcluirAbraço.
Adelar