Farandolino Brouillon
photo: j.finatto |
No pátio em volta da casa, habitam sinos de bambu. Sempre é bom tê-los por perto. Passam sossego e iluminam o espírito. Um deles está pendurado na caneleira, em cujo tronco se enroscam e brotam os primeiros jasmins, antecipando a primavera.
Os sinos soam suavemente ao leve toque do vento.
Esta é a música que gosto de ouvir nas manhãs e tardes andarilhas de agosto. Quando acontece de madrugada, e acontece de estar acordado, também aprecio ficar ouvindo.
A melodia que nasce dos sinos de bambu nunca se repete, nunca é a mesma. Cada uma tem um jeito único.
Às vezes os sinos tocam ao mesmo tempo, conversando entre si.
É bom fechar os olhos e caminhar no bosque de sons dos sinos de bambu.
____________
Farandolino Brouillon é poeta em Passo dos Ausentes.
a conversa dos sinos de bambu deve ser algo surreal. mas poético, e muito. gostei da figura literária. eb
ResponderExcluirObrigado. Vou transmitir ao poeta Farandolino a tua impressão.
ResponderExcluirUm abraço.
JF