No retorno de Amsterdam a Passo dos Ausentes, onde acabo de chegar, escutei Melody Gardot nos fones de ouvido, dentro do pássaro prateado, na travessia da noite atlântica.
Descobri Melody no quarto de hotel, na Place de la Sorbonne, Quartier Latin, em Paris, onde gosto de ficar. O dia estava frio e nublado, resolvi ler e ouvir música numa rádio que só toca jazz. Lá pelas tantas, veio aquela voz sentida, cálida, íntima como de alguém que conhecemos há muito tempo.
Anotei o nome e no outro dia, na loja de discos, adquiri seus dois cds: Worrisome heart e My one and only thrill ( Incômodo coração e Minha primeira e única emoção, em tradução livre). Apesar do sobrenome, ela não é francesa, mas americana, nascida em Nova Jérsei, em 2 de fevereiro de 1985.
Compositora, Melody diz as coisas que impressionam seu jovem coração ferido, com a voz mais doce desse mundo. Na apresentação do primeiro disco, agradece aos homens que maltrataram seu sentimento, porque deixaram material para compor suas músicas. Tudo tem dois lados.
Interessante a maneira como Gardot encontrou a música. Um dia, enquanto andava de bicicleta, aos 19 anos, foi atropelada por um automóvel. O início de sua carreira está relacionado com esse acidente, do qual lhe resultou traumatismo craniano. Seguindo sugestão de seu médico, Melody voltou-se para a composição. Criou algumas canções quando ainda estava de cama, incapaz de caminhar.
A musicoterapia deu frutos e ela fez uma pequena gravação a que chamou de Some Lessons - The Bedroom Sessions, base de Worrisome heart. Tudo tem dois ou mais lados.
Anotei o nome e no outro dia, na loja de discos, adquiri seus dois cds: Worrisome heart e My one and only thrill ( Incômodo coração e Minha primeira e única emoção, em tradução livre). Apesar do sobrenome, ela não é francesa, mas americana, nascida em Nova Jérsei, em 2 de fevereiro de 1985.
Compositora, Melody diz as coisas que impressionam seu jovem coração ferido, com a voz mais doce desse mundo. Na apresentação do primeiro disco, agradece aos homens que maltrataram seu sentimento, porque deixaram material para compor suas músicas. Tudo tem dois lados.
Interessante a maneira como Gardot encontrou a música. Um dia, enquanto andava de bicicleta, aos 19 anos, foi atropelada por um automóvel. O início de sua carreira está relacionado com esse acidente, do qual lhe resultou traumatismo craniano. Seguindo sugestão de seu médico, Melody voltou-se para a composição. Criou algumas canções quando ainda estava de cama, incapaz de caminhar.
A musicoterapia deu frutos e ela fez uma pequena gravação a que chamou de Some Lessons - The Bedroom Sessions, base de Worrisome heart. Tudo tem dois ou mais lados.
Recomendo aos meus dois leitores que procurem ouvir essa doce e inspirada Melody Gardot. Acho que gostarão.
A vida, enfim, sempre se renovando, trazendo o novo, luz benigna em meio à escuridão.
O pássaro pousou outra vez. Vou agora respirar o ar das montanhas, abrir as janelas, olhar longe, escutar um pouco de silêncio.
Boas vindas à Passo dos Ausentes.
ResponderExcluirEstávamos todos com saudade do Nobre Poeta.
E verifiquei que o ilustre amigo trouxe, na bagagem, a voz de Melody Gardot, que “mutatis mutandis” lembra Brigite Bardot que também, quando jovem, era cantora além de atriz e ambas muito atraentes.
Melody é excelente cantora pelo que já deu para ouvir no “you tube”.
Saio hoje à tarde em busca do disco.
Realmente, Adelar, nunca tinha ouvido falar da moça. Quem sabe pesquisaremos esta nova surpresa musical. Assim foi com Esperanza Spalding, a contrabaixista e cantora americana.
ResponderExcluirMuita coisa boa, ainda, acontece neste vasto mundo. Bastar estar receptivo. Abraço. Ricardo Mainieri
Adelar, saiu no blog do Carpinejar uma crônica sobre teu amigo escultor. Dê uma olhada: http://carpinejar.blogspot.com/2011/12/o-profeta-das-pedras.html
ResponderExcluirAbs.
Ricardo Mainieri
Caro amigo.
ResponderExcluirSim, além de ótima compositora e cantora, Melody tem uma fina estampa.
Vale mesmo a pena conhecer seu trabalho.
É muito bom estar de volta.
Um abraço e obrigado, sempre, pela presença.
JF
Caro Ricardo.
ResponderExcluirSobre Bez Batti escrevi aqui O homem que tira sentimento de pedra. Ele é um grande artista e um pensador notável. Como se não bastasse, é uma pessoa humilde e generosa.
Um grande abraço.
JF