As flores perderam a noção do razoável e do pudor. É difícil olhar para o jardim e não corar (como um frade de pedra não pode fazer). Estava no escritório, na dura faina, olhando o mundo pela janela (a triste sina), quando comecei a ouvir instrumentos de sopro lá fora.
Caminhei até a breve varanda da clausura. Descobri, entre aromas, um conjunto floral em concerto, tocando seus instrumentos.
Desnecessário dizer que daí por diante perdi a concentração no que fazia. Passei o resto do dia esticado na cadeira de balanço com aquelas músicas, aquele perfume, aquelas finas cores.
photo: j.finatto |
Alguma coisa está fora do controle. A beleza brutal e desumana dessas flores açula, em meio ao caos, os corações secos, abre as janelas do sentimento.
Caro Adelar,
ResponderExcluircomo é agradável ler o que escreves sobre flores. Faz a gente abrir um sorriso no rosto, causa aquele sentimento gostoso e leve que deveria permanecer para sempre. Suas palavras são uma terapia instantânea eheh
Um abraço
Caro Anônimo.
ResponderExcluirMuito obrigado por palavras tão gentis e generosas.
É sempre bem-vindo.
JF
Que profusão de cores!
ResponderExcluirJorge, as tuas fotos das flores são tão bem feitas que o leitor sente o perfume delas.
Estimado Atapoã.
ResponderExcluirAgradeço de coração. Quem sabe um dia ainda não teremos aromas no computador? Tarefa para os nossos gênios.
Grande abraço.
Jorge
Deliciosos desaforos, Adelar!
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