Jorge Adelar Finatto
Um banco vazio na estação.
Eu quero sentar naquele banco.
Um pássaro cantando na janela do trem.
Eu quero viajar.
Uma das coisas mais enlouquecedoras que conheço é não poder ficar só.
O homem é um ser gregário que necessita desesperadamente de solidão para se construir.
O homem é um ser gregário que necessita desesperadamente de solidão para se construir.
Precisamos ficar a sós com nossos pensamentos e sentimentos. Senão, perdemos a face.
O direito à solidão é uma das principais conquistas na vida de uma pessoa.
Poder ficar um pouco sozinho é tão essencial quanto conviver.
Estar no meio de gente é a melhor coisa, desde que seja uma escolha. Da mesma forma, permanecer isolado do mundo nos leva à desumanização.
Através da solidão traçamos o caminho para chegar ao outro. Conhecendo-nos melhor podemos conviver melhor.
O poder estar só, recolhidos com nossos botões, é uma questão de saúde mental e espiritual. Depois, vamos ao mundo.
Por falar nisso, vou agora ao Café da Ausência, na estação de trem abandonada de Passo dos Ausentes, a fim de encontrar os amigos para o costumeiro cappuccino com leve toque de graspa, no fim da tarde.
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