Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto |
Escritores e poetas são seres que habitam a nossa sensibilidade. Fazem parte do que somos e do que queremos ser. Ajudam-nos a caminhar na estrada em meio a tanta treva.
Costumo levar um livro na bagagem, para diminuir o banzo e a solidão das viagens. O livro traz, em si, um pouco da casa que ficou distante. O fato de sabê-lo por perto, ao alcance da mão, no quarto de hotel, proporciona o aconchego das coisas íntimas.
Hoje os meus livros estão mais sossegados nas estantes. Mas nem sempre foi assim. Eu, que detesto mudanças de endereço, perdi a conta de quantas vezes tive de mudar de casa neste mundo de Deus.
Nunca me acostumei a esses movimentos que trocam tudo de lugar. Um sofrimento sair da casa, da rua, da cidade. No meio do caos emocional que isso traz, os livros nos acompanham, passando um sentimento de permanência.
Os livros são nossos confidentes e amigos espirituais.
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Texto publicado em 19 de julho, 2011.
Pois é, Jorge, ainda bem que temos você, um dos poucos íntimos da Literatura. Hoje em dia só se veem, praticamente, traças nas estantes com pós-doutorado em Dostoiévski, Vitor Hugo, Leão Tolstoi, Machado de Assis, Castro Alves,etc...
ResponderExcluirGrande abraço, meu amigo.
Atapoã Feliz
Caro amigo Atapoã.
ResponderExcluirA felicidade que é um bom livro. Essas traças são é muito espertas...
Um forte abraço.
JF