Jorge Adelar Finatto
Encontrar um escritor capaz de nos emocionar é um verdadeiro achado. Escrever com clareza e desenvoltura é uma coisa. Trabalhar o pensamento e a emoção no texto exige arte.
Estava lendo um escritor que tem cerca de 70 livros publicados, entre romances, novelas, artigos e crônicas. Por que esse autor não me diz quase nada?, eu me perguntava. Porque sua palavra não toca a minha emoção.
Não basta uma grande quantidade de livros, uma imaginação inventiva e espaços generosos na imprensa para conquistar o leitor. Tem que ter algo mais. Esse algo, ao menos pra mim, tem a ver com sentimento.
Por isso é tão difícil achar um autor no meio dos mares de livros. Por isso me apego tanto aos escritores que conseguem me fazer pensar e sentir ao mesmo tempo. São esses que habitam a ilha do meu coração.
A volúpia de publicar muito e de ser devorado pelos leitores às vezes faz um autor se perder. Ser bom de venda e de mídia não significa ser um bom escritor, embora faça bem para a vaidade, para a vida social e para o bolso.
No final, a última palavra só o tempo pode dar. Balzac e vários outros venderam bem seus livros em vida e eram grandes escritores.
No final, a última palavra só o tempo pode dar. Balzac e vários outros venderam bem seus livros em vida e eram grandes escritores.
Não carrego mais a ilusão de fazer livros de papel. É muito raro conseguir espaço no meio editorial. Existem muitos autores e poucas oportunidades. Autores bons de marketing são sempre bem-vindos. Não é o meu caso. Não sei, também, se o que escrevo interessa a alguém.
A busca da qualidade do texto, de fazer uma escrita com arte (sempre tão exigente), é vista com reserva e foge ao interesse imediato do mercado editorial.
A busca da qualidade do texto, de fazer uma escrita com arte (sempre tão exigente), é vista com reserva e foge ao interesse imediato do mercado editorial.
Mas eu sou antes de tudo um leitor. Espero que os autores fora do comércio continuem seu trabalho. Não desistam, insistam, resistam, sobrevivam no ofício.
São os textos que tocam o coração, impressos ou eletrônicos, que nos ajudam a viver em nossas solitárias ilhas.
Que a escrita seja um ato de vida e de esperança.
O breve clarão de uma lanterna num tempo escuro.
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Escrever na língua portuguesa:
http://ofazedordeauroras.blogspot.com.br/2013/05/escrever-na-lingua-portuguesa.html
São os textos que tocam o coração, impressos ou eletrônicos, que nos ajudam a viver em nossas solitárias ilhas.
Que a escrita seja um ato de vida e de esperança.
O breve clarão de uma lanterna num tempo escuro.
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