Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto, 24.01.2014 |
No itinerário que faço durante a caminhada polifônica, há sempre uma claridade que me faz parar na beira do caminho. É uma hortênsia que reúne na sua floração diversas cores e texturas. Há anos que a observo durante os meses de verão.
Paro para olhá-la de perto e sempre a fotografo, impressionado com sua exuberância. Como quem quisesse proteger contra o esquecimento imagem tão bela.
Não conheço outra hortênsia com tal diversidade e luminosidade.
Paro para olhá-la de perto e sempre a fotografo, impressionado com sua exuberância. Como quem quisesse proteger contra o esquecimento imagem tão bela.
Não conheço outra hortênsia com tal diversidade e luminosidade.
A sua pintura se compõe e decompõe em inumeráveis tons, dos quentes aos frios, ao longo do período que começa lá por novembro e vem até finais de fevereiro. Sempre variando nas tintas.
Não resisti e fotografei-a mais uma vez em busca dessas que são, provavelmente, as últimas composições de sua mágica paleta. Essas photos testemunham as cores finais que ela emite nesse verão.
Em breve ficarei sem essa beleza na beira do caminho.
Não resisti e fotografei-a mais uma vez em busca dessas que são, provavelmente, as últimas composições de sua mágica paleta. Essas photos testemunham as cores finais que ela emite nesse verão.
photo: j.finatto, 24.01.2014 |
Em breve ficarei sem essa beleza na beira do caminho.
Mesmo agora, no momento em que se despede para hibernar por muitos meses (tempo no qual vai fabricar novas tintas), a hortênsia não priva o caminhante dos seus derradeiros instantes de beleza. Faz ainda o seu melhor. Um exemplo para nós.
A hortênsia, no seu encanto humilde e sereno, é só visão e dádiva.
A hortênsia, no seu encanto humilde e sereno, é só visão e dádiva.
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