Jorge Adelar Finatto
photo: j.finatto. Porto Algre, 07/6/14. Praça Gustavo Langsch |
Um enclave de luz e cor habita entre os edifícios da cidade gris.
O exército de inumeráveis folhas de outono tomou conta do lugar. As árvores povoam o iluminado território, estendendo os braços pela extensão do terreno acidentado da Praça Gustavo Langsch em Porto Alegre.
photo: j.finatto |
O cenário das outonais operações é uma área oblíqua, íngreme, colina quase a pique engastada na parte alta do bairro Bela Vista. Ali se espalham as folhas pelo chão úmido.
Dali se descortinam ao sul os morros que cortam a cidade e caminham ondulantes em direção ao Rio Guaíba.
A praça é um território ocupado em armas pelas forças da beleza, da harmonia e do canto dos pássaros ao amanhecer.
Por ela já não se ouvem os gritos e barulhos da cidade atordoada e vencida que a cerca.
Dali se descortinam ao sul os morros que cortam a cidade e caminham ondulantes em direção ao Rio Guaíba.
photo: j,finatto |
A praça é um território ocupado em armas pelas forças da beleza, da harmonia e do canto dos pássaros ao amanhecer.
Por ela já não se ouvem os gritos e barulhos da cidade atordoada e vencida que a cerca.
Se ao acaso da praça acontece o acaso do sol entre as nuvens, a claridade derrama-se em mil tons sobre as copas. Alumbramento dos sentidos.
O ar respira amarelos e ocres.
O silêncio é ferrugem.
photo: j.finatto |
O lirismo inconfundível de Adelar Finatto secundado por belas imagens. Valeu a pena ler e olhar. Abraços. Ricardo Mainieri
ResponderExcluirValeu, caro poeta Ricardo. Ainda bem que temos a palavra. E a imagem. A nossa esperança nunca se acaba. Um forte abraço.
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