Jorge Adelar Finatto
gaivota no alto do barco. photo: j.finatto |
A memória da nave se dissolve no ar.
Uma gaivota branca e sonhadora pousa no alto do barco à espera da última viagem.
O ofício de esquecer atravessa as fendas de aço. A embarcação aderna como um peixe que perdeu as asas.
É duro ser capitão de nau tão desolada.
A cor do tempo, marcas de ferrugem. As escotilhas rotas miram o impossível céu.
O colorido infantil recorda felizes partidas ao vento pelo Guaíba.
Imóvel paisagem nas janelas caladas.
Uma gaivota branca e sonhadora pousa no alto do barco à espera da última viagem.
O ofício de esquecer atravessa as fendas de aço. A embarcação aderna como um peixe que perdeu as asas.
É duro ser capitão de nau tão desolada.
A cor do tempo, marcas de ferrugem. As escotilhas rotas miram o impossível céu.
O colorido infantil recorda felizes partidas ao vento pelo Guaíba.
Imóvel paisagem nas janelas caladas.
O espectro de Ulisses caminha no labirinto do convés.
Há uma saudade abandonada no cais.
Há uma saudade abandonada no cais.
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Texto revisto, publicado antes em 20 de dezembro, 2010.
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