A noite é breve. Não tenhas medo.
A noite tem pele trevosa e entra por tudo.
Há quem pense que é longa, misteriosa e sinistra.
Mas calma, a escuridão não se demora nos teus olhos, no portão, nas gavetas, nos espelhos, nas portas e nos retratos.
A noite passa. Não penses na morte.
A noite tem pele trevosa e entra por tudo.
Há quem pense que é longa, misteriosa e sinistra.
Mas calma, a escuridão não se demora nos teus olhos, no portão, nas gavetas, nos espelhos, nas portas e nos retratos.
A noite passa. Não penses na morte.
Quem habitou a noite sabe que ela dura um suspiro.
Por isso, não tenhas receio nem te desesperes com a ausência provisória de luz.
A noite é apenas o descanso das seivas.
Só a noite dos loucos e dos moribundos não tem fim. É povoada de angústia, tristeza, dolorosa espera.
Em breve virá o amanhecer como nunca.
Quem vai apagar o breu profundo nos corações?
A pior escuridão é a que vem da alma.
Há que considere a noite, um refúgio. Certa noite, um passeio no jardim, rendeu um poema: Madrugada, mansão inabitada, mousse azul estrelada [...].
ResponderExcluirUm passeio no jardim é sempre uma solidão perfumada. Um abraço. Jorge
ResponderExcluirBelíssima prosa poética, Adelar. Vou divulgar esta beleza por aí, no ciberespaço. Abração. Ricardo Mainieri
ResponderExcluirRicardo: vindas de ti, são palavras de grande estímulo. Um grande abraço. JF
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