Jorge Adelar Finatto
photo: jfinatto |
A passagem vertiginosa do tempo está aí para provar que certas coisas não valem a pena diante da precariedade de tudo, a começar pela condição humana. Não fosse por outra razão, só isso já seria motivo para uma vida mais em harmonia consigo, com o outro, com a natureza.
Sentimentos como ódio, rancor, inveja, raiva, indiferença, só atrasam nossa transitória viagem. O culto da vaidade e da posse de coisas materiais não é boa companhia. O egocentrismo apaga o outro, retira o ar do ambiente, ofende, instaura a dor.
Eu não aspiro da flor mais que o perfume numa praça de cidade do interior.
Todas as horas de todos os dias são santas. Todas as manhãs, tardes e noites, mesmo as mais escuras, são santas. Todas as madrugadas em claro, diante da janela, esperando a estrela cadente passar.
Não quero da branca nuvem mais que o doce algodão.
Vou saboreá-la em sentimento, aqui mesmo no chão, tão provisória e frágil contra o fundo azul.
É tempo de viver outra vez. Reconstruir um país.
Vou saboreá-la em sentimento, aqui mesmo no chão, tão provisória e frágil contra o fundo azul.
É tempo de viver outra vez. Reconstruir um país.
O sol de abril ilumina os pássaros e seu livre canto no galho da árvore já sem folhas.
Os suicidas desistiram do gesto fatal, foram caminhar entre os pinheiros.
Que coisa bonita de ler, Jorge. Obrigada. Ontem eu li uma frase, importante também. Uma jovem mãe, em seu depoimento disse: Não precisamos de acusações, só precisamos da graça de Deus.
ResponderExcluirA tua maneira de ver as coisas me lembra a poeta mineira, de Divinópolis, Adélia Prado. Conheces? Vale a pena. "Bagagem" e "O coração disparado" são belos livros. Abraço.
ExcluirJá havia lido dela, só uma poesia. Vou prestar mais atenção. Mas me sinto honrada com a comparação. Obrigada!
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