Jorge Finatto
photo com celular: jfinatto. Alpes suíços, fev. 2016 |
É preciso ver além do olhar. Há algo nisso tudo (gente, natureza, coisas) que só se enxerga com a lente do sentimento. São os olhos interiores, as visões subjacentes, aquilo que só a intuição desvela. Olhos invisíveis, olhos de dentro.
Como disse Antoine de Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe, pela boca da sábia raposa: "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".
Lisboa, manhã de sol. Sol frio, depois de vários dias de chuva, vento e neblina. Uma luz azulada toca os telhados ocres, as paredes, as ruas. Do quarto de hotel, avisto o Tejo.
Após o pequeno almoço (café da manhã), vou ao shopping Amoreiras comprar dois livros que ficaram faltando durante esta passagem por Portugal. São eles: Lisboa by sketchers, desenhos de vários autores do coletivo Urban Sketchers Portugal, e Lisboa, modos de habitar, poemas de Domingos Lobo.
Há três boas livrarias no Amoreiras, além de bancas de jornais e revistas: Bulhosa, Bertrand e Fnac. Fiz meu farnel de livros nelas, na Casa Fernando Pessoa, na Livros Cotovia e na Livraria Sá da Costa, da Rua Garrett, no Chiado, hoje um alfarrabista.
Há três boas livrarias no Amoreiras, além de bancas de jornais e revistas: Bulhosa, Bertrand e Fnac. Fiz meu farnel de livros nelas, na Casa Fernando Pessoa, na Livros Cotovia e na Livraria Sá da Costa, da Rua Garrett, no Chiado, hoje um alfarrabista.
Livraria Sá da Costa. photo: jfinatto |
No aeroporto, tomo um café no Starbucks. Lá escuto uma música que me passa profunda doçura. Pergunto quem canta. Um dos atendentes (todos muito gentis) vai lá dentro e traz por escrito: conjunto The Stylistics, disco Round 2, 1972, e a música é You're as right as rain* (de Thom Bell e Linda Creed, na interpretação maravilhosa de Russell Thompkins Jr. A letra fala num encontro em que a pessoa amada é tão certa, tão suave (faz tão bem) como a chuva num dia de verão).
O avião aproxima-se de Zurique. Pela janela vejo a majestade do Matterhorn tapado de neve e com os últimos raios de sol do entardecer.
Uma pintura inesquecível. Retorno à mansarda na álgida montanha. Vou beber um vinho, ler um pouco diante do fogo.
Felicidade é um abraço cálido (e o resto não importa).
Uma pintura inesquecível. Retorno à mansarda na álgida montanha. Vou beber um vinho, ler um pouco diante do fogo.
Felicidade é um abraço cálido (e o resto não importa).
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You're as right as rain:
Mais um apreciador de conjuntos vocais americanos(rs) Gosto dos Stilistics
ResponderExcluire de outros mais atuais como o Take 6. A música nos transporta para um
reino particular. Nos descortina a possibilidade da beleza. Muito escrevo
após ouvir música e até pretendo reunir os poemas num livro em particular.
Misturar versos e notas em harmonia.
Abraço do Ricardo Maineiri
A música abre muitas portas em nossa percepção. Essa música e esse conjunto, eu não conhecia. A melodia e a letra são lindas. Que belo trabalho de Bell e Creed (esta, infelizmente, morreu muito jovem). Um abraço.
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