sexta-feira, 3 de março de 2017

Abóboras, figos, galos e infância

Jorge Finatto
 
fotos: jfinatto, 02 de março, 2017

UM DOS ENCANTOS de vagabundear pelas estradas da serra, além da visão afundada dos cânions e abismos, é parar nas tendas de beira de estrada. Elas oferecem ao freguês toda sorte de verduras, legumes, frutas, doces, compotas, pães, etc. E são uma dádiva para os olhos.
 
 
Viajando ontem a Porto Alegre, parei numa delas, na altura de Nova Petrópolis. Comprei um cesto de uvas que impregnou a caminhonete com aquele cheiro divino.
 
Mas também levei uma abóbora de pescoço e morangas, sim, belas e nédias morangas verdes e cor-de-laranja (ou cor-de-abóbora...). Também peguei melões e figos, que nesta época estão no auge da doçura.
 
 
Pra completar a cena interiorana, do outro lado da estrada, numa sombra, um galo cantou várias vezes. Era uma tarde ensolarada, por volta de 16h, e ele queria era soltar a voz.
 
Deus, como tudo isso traz de volta a infância...
 
 

2 comentários:

  1. Como disse Drummond: "são golpes, são espinhos, são lembranças/da vida a teu menino,/ que a sol-posto
    perde a sabedoria das crianças."

    Belas lembranças e magníficas fotos.

    Abraço.

    Ricardo Mainieri

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    1. Este poema de Drummond é absolutamente lindo. Nunca ninguém escreveu assim a sua mãe. Bela lembrança, Ricardo!

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