sábado, 24 de junho de 2017

Fragmento

Jorge Finatto
 
photo: jfinatto

E no quarto dia que. Depois de tanto se.
Mas Deus viver é isso? E a morte cumé?
Se tanto depois de. Eu você e uma puta solidão
a nos unir. E que dia no quarto. O sol abre
os braços um abraço. A mulher abre as pernas
quentes um mundão no ventre
tanta luz derramada nas entranhas.
Se depois de tanto.
A vida de todos os dias
a que eu sempre quis

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Poema do livro Claridade. Prefeitura de Porto Alegre, 1983.

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