Jorge Finatto
photo: jfinatto |
negros e italianos
rasgaram o oceano
para que eu estivesse
aqui no futuro
olhando o fim de tarde
no horizonte dos muros
não possuo do imigrante branco
a esperança eldorada
nem a saudade triste do preto
em pranto mastigada
sou apenas um homem mestiço
olhando o movimento dos barcos
agora que a noite cai
sobre a cidade
e me surpreendo sonhando
com a fuga
por uma rua sem sol
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Do livro O Fazedor de Auroras, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1990.
Os orientais tem esta amorosidade de cultuar seus antepassados. Neste teu poema, com muito lirismo, traz estas marcas para o conhecimento do leitor. E ficou muito bom. Abraço.
ResponderExcluirRicardo Mainieri
As boas recordações nos fortalecem ante o presente de sofrimento. Os que vieram antes de nós nos passaram valores que nos alimentam. Que Deus proteja a todos. Abraço.
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