Jorge Finatto
Autor: Wellcome Library, London. Fonte: Wikipédia |
O TOMBO é feio. Não tem salvação. Ele caminha sobre a tênue linha, magro, desmilingüido, traz as velhas sapatilhas douradas coladas aos pés.
O funâmbulo. Desde que se conhece por gente (?).
Vida dura. A sociedade? Uma tragédia.
O caos dos dias na Terra de Vera Cruz.
Vive-se o labirinto transfigurado em eufemismo e mentiras. Ninguém vê ninguém. Sectárias sereias. Como se fosse possível um viver sem o outro.
Não existe arte mais perfeita: não deixar-se devorar pela boca do abismo.
A arte do funâmbulo é uma luzinha dentro da enorme caverna.
Não existe arte mais perfeita: não deixar-se devorar pela boca do abismo.
A arte do funâmbulo é uma luzinha dentro da enorme caverna.
O medo é um luxo que já não nos cabe. A essa altura sobrevive-se, e não se reclame.
A esperança é só uma lágrima que refresca o inferno.
O Brasil faz mal ao coração.
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