Jorge Finatto
photo: jfinatto |
É OUTUBRO. O jardim está florido outra vez. Respira cor, perfume. Uma ilha de delicadeza em meio a um país calcinado pelo ódio, violência, cinismo, corrupção.
Mas é outubro e o jardim floriu outra vez. Vida que continua, apesar do medo que assola as cabeças, as casas, as ruas.
Mas é outubro e o jardim floriu outra vez. Vida que continua, apesar do medo que assola as cabeças, as casas, as ruas.
Não há de ser o fim do mundo (o mundo acabou faz tempo). Nem o fim da esperança (ela teima em não apagar entre as cinzas do estúpido incêndio).
É apenas mais um incêndio no meio do caminho. Mas o que é isso pra quem já superou outros e sobreviveu?
O verbo do Brasil continua a ser: sobreviver. Sobreviver aos tiros, aos socos na cara, às facadas, às ofensas à inteligência e à sensibilidade. Sobreviver às mentiras cuspidas todos os dias na cara da gente.
É apenas mais um incêndio no meio do caminho. Mas o que é isso pra quem já superou outros e sobreviveu?
O verbo do Brasil continua a ser: sobreviver. Sobreviver aos tiros, aos socos na cara, às facadas, às ofensas à inteligência e à sensibilidade. Sobreviver às mentiras cuspidas todos os dias na cara da gente.
O ipê é amarelo, o céu é azul. Cada pessoa é parte de Deus, uma cor no belo arco-íris da criação. Mas é preciso merecer isso. Viver e seguir seu caminho é direito de todos. Só não pode querer, como muitos querem, apagar a cor do outro.
Todos têm direito à sua luz.
Todos têm direito à sua luz.
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