Assisti à apresentação do compositor e cantor Carlos Lyra e da violonista e cantora Wanda Sá no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, na quarta passada (02/10). Ele com 86 anos, ela com 75. Lyra está na origem da Bossa Nova, nos anos 60, autor de clássicos como Se é tarde me perdoa, Maria ninguém, Quem quiser encontrar o amor e Coisa mais linda, entre tantos. Wanda Sá participou do movimento ao lado de grandes nomes.
Chamou a atenção a faixa etária da assistência, na maioria pessoas idosas. Fiquei na dúvida: será que os jovens não se interessam por Bossa Nova? Outra: existe clima para o lirismo, a suavidade e a beleza da Bossa Nova na realidade brasileira atual?
Pode ser que a explicação esteja, também, em parte, no preço dos ingressos, média de cento e oitenta reais a plateia (bastante salgado nesses tempos).
Enfim, um momento inesquecível de reencontro com a música brasileira. Ver Carlos Lyra em plena atividade, com seu talento e seu charme, é encorajador, o mesmo podendo ser dito de Wanda. Que continuem seus shows pelo país para que os jovens saibam que o Brasil já foi mais feliz a ponto de produzir músicas como as da Bossa Nova.
É uma beleza ver esses ícones da bossa-nova em atividade, Nunca os vi ao vivo, infelizmente. A geração nova está colonizada pela péssima MPB representada pelo funk de periferia e o sertanejo. Alguns poucos rompem este círculo vicioso e se mostram interessados na boa MPB e na música de qualidade em geral. Sinal dos tempso. Abração do Ricardo Mainieri
ResponderExcluirUm abraço, Ricardo, valeu!
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