domingo, 28 de janeiro de 2024

Casas velhas, almas vivas

Jorge Finatto.


jfinatto, Montevideo, 26.1.24


Mario Quintana, o nosso poeta, disse alguma vez que não apreciava a arquitetura moderna porque ela não construía casas antigas. Digo eu que mesmo casas abandonadas conservam no semblante uma humanidade que não encontramos nas modernas construções. Quantas histórias, quantas memórias  habitam entre estas paredes que o tempo desfigurou. Mas se um dia um novo morador abrir-lhes as portas cerradas, começarão tudo outra vez, povoando-se de vida desde o sótão até o porão. E outras histórias serão contadas. Precisam apenas de uma mão amiga que lhes abra as ventanas para o Sol entrar e povoar de ouro a escuridão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário