Jorge Adelar Finatto
A fileira infinita dos postes é uma orquestra de cordas que toca a música do vento. As últimas tardes do inverno silenciam. Setembro inventa, na fábrica de fazer manhãs, finas cores para tecer dias mais claros. O sol aparece mais cedo entre as frestas da janela. Sinto no ar os primeiros perfumes. Bem-vindo esse tempo, com seu suprimento de pássaros, árvores, flores. Bem-vinda a beleza que se mostra de graça, sem cobrar ingresso nem direitos autorais. Caminho na calçada e é como atravessar um túnel de luz que nos retira da câmara escura. Não importa o que já sofremos, os tombos que caímos, os que ainda vamos cair.
Setembro chegou. A esperança é nosso sol interior, venham pois as esperanças. Venham os sonhos que nos ajudarão a construir as necessárias mudanças. E venham os amigos, novos, antigos, em luminosa farândola, andando pela setembrina estrada.
Setembro chegou. A esperança é nosso sol interior, venham pois as esperanças. Venham os sonhos que nos ajudarão a construir as necessárias mudanças. E venham os amigos, novos, antigos, em luminosa farândola, andando pela setembrina estrada.
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Fotos: J. Finatto
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