quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Construção
Eu sou o que me construo
entre um apocalipse e outro
uma aurora e outra
Sou como essas partículas
de luz
que se expandem no espaço
flutuam nas alturas solitárias
Traço o poema
entre um abismo e outro
uma alegria e outra
e avanço
apesar do nevoeiro
________
Poema do livro O Fazedor de Auroras, Instituto Estadual do Livro, Porto Alegre, 1990.
Foto: J. Finatto
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Apesar das intempéries pessoais & coletivas, avançamos Adelar.
ResponderExcluirGosto, demais, deste teu livro. Os poemas parecem todos ter uma luz própria, uma atmosfera peculiar.
Publique mais!
Abraço.
Ricardo Mainieri